Nunca tive vontade de conhecer esse país, ao contrário de muitas pessoas que conheço.
O que sei é que fui chamada por ela e alguns me disseram que quando ela chama a “coisa é séria”. E foi mesmo!
Então eu pensei, poxa vida, já tinha sido sacudida pelo despertar espiritual, o que ma
is era preciso sacudir?
Muita coisa!
A Índia choca e encanta no mesmo instante; é um misto de cores, caos, espiritualidade, sons, sabores, temperos, gente aglomerada, deserto, solidão… é muita coisa para “engolir de uma vez”! Aí a gente engasga e quase perde o ar!
E eu quase perdi. Foi então que chorei, chorei muito.
Porque?
Porque foi um misto, uma coletânea de momentos que desconstruíram muita coisa dentro de mim: o olhar inocente dos indianos, o comer com as mãos para completar os cinco sentidos, o “namaste” vagaroso e que vem da alma, a aceitação do guardador de camelos no meio do deserto, o toque caloroso da moça que pediu para tirar uma foto comigo, o sorriso puro daqueles adolescentes, o “tchau” mais feliz que já vi, dado por adultos e crianças quando o nosso ônibus passava…
A conformidade dos moradores da fortaleza viva no meio de um monte de vacas, cocos, e esgoto à céu aberto, a simpatia da vendedora de bijouterias com seu bebê de três meses no colo, a pimenta escaldante da comida, a religiosidade, os templos magníficos e conservadíssimos, o deixar bolsas e sapatos do lado de fora dos templos sem perigo de que fossem roubados, o vegetarianismo quase que nacional…
Reaprendi tudo de novo e de uma maneira emocionante.
Se recomendo?
Com toda a certeza que me faz viva nesse momento!
Mas que o coração esteja aberto, para abraçar e entender esse país tão peculiar e belo. Sem julgar, sem raciocinar, sem justificar. Apenas absorvendo.
Namastê minha querida Índia.
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