Continuação | Relato de Regressão 2

Por Joyce Eliza em 15 de agosto, 2018

Um calor gostoso começa a tomar conta do meu corpo e um sono relaxante me faz fechar os olhos novamente.

Quando abri os olhos estava num lugar que não reconheci. Onde estava? O que era aquele lugar?

Estava numa espécie de maca quente e muito confortável. Era um salão grande com uma iluminação baixa e meio azulada.

Estava tão calma e relaxada… Ainda cansada mas sem mal estar, dor ou frio.

De repente senti alguém pegando a minha mão. Virei a cabeça para ver: era um rapaz com uma aparência jovem, olhos incrivelmente grandes e azuis, cabelos loiros e ondulados e uma expressão tão doce!

Estava me olhando e sorrindo com uma ternura que nunca tinha sentido antes. A primeira coisa que disse foi que fazia tempo que alguém não me dirigia um sorriso daqueles. Ele continuou sorrindo e depois me perguntou como estava; eu respondi que estava melhor mas ainda cansada. “Repouse mais. Logo estaremos juntos de novo” ele disse.

Novamente adormeci. Quando acordei estava num quarto simples mas muito agradável. Tinha uma janela grande com uma vista para um lugar cheio de árvores. Uma luz gostosa entrava no quarto… Onde estaria? Não estava preocupada; já tinha entendido que havia morrido desde aquele lugar horrível que havia estado por sei lá quanto tempo.

A porta abriu e apareceu o rosto daquele rapaz dos lindos olhos azuis. Dando uma risada bem humorada ele disse “Oiiii!!! Rsrsrs Posso entrar?” Deixei escapar uma risada dizendo: “Nossa, quanto tempo que não dou risada!”

Ele se aproximou da cama e me perguntou: “Como se sente?” “Estou bem melhor. Que lugar é esse?” “Aqui estamos em outro plano e esse é um centro de recuperação. Sabe que já não está na vida física”. “Sim eu sei que morri… Comecei a entender enquanto ainda estava naquele lugar horrível e…” “Você está se recuperando muito bem e eu fico muito feliz por isso!”

A regressão progrediu e nesse momento me vi dentro de uma sala pequena com duas poltronas bonitas mas com estilo bem futurista. Estávamos eu e ele sentados e conversando. A minha aparência estava totalmente mudada. Da idade madura na encarnação apenas vivida até a vinda recente para a colônia espiritual, minhas feições eram desagradáveis, o rosto era encovado, o olhar sem vida… Agora parecia uma outra personificação e a aparência não era a mesma da vida anterior.

Meu rosto era belo, harmônico, olhos brilhantes e expressivos. Cabelos castanhos pelos ombros. Havia me reconstituído energeticamente e plasmava a minha aparência de uma forma bonita de se ver. Provavelmente estava assumindo a aparência de alguma vivência anterior.

Sentia que havia se passado algum tempo desde o quarto do centro de recuperação. Estava mais segura, refeita e entusiasmada. Estávamos naquela sala para finalmente conversar sobre a minha última vida. Após alguns instantes sentada ali, me vieram à cabeça algumas memórias e senti vergonha. Desviei meu olhar do dele e olhei para baixo.

Como que lendo os meus pensamentos ele disse “Aquela vida, você nos pediu. Você quis desempenhar as funções que desempenhou, porque assim acreditava poder beneficiar as pessoas.” Pausou. “Você se lembra disso?” “Hummm…Sim, estou me lembrando agora… É verdade, eu pedi todas aquelas condições, mas… Eu me deixei levar pelas circunstâncias, pelas regras, pelas leis… Eu aprisionei o amor dentro de mim, não deixei ele fluir como queria ter feito. ” “Isso é verdade e que bom que consegue ter essa percepção. Mas gostaria de lembrá-la de todas as coisas boas que fez, dos momentos bons que viveu. Se recorda do projeto que implementou onde abrigava jovens prostitutas abandonadas por terem engravidado? Lembra-se de quantas vidas acolheu, deu abrigo, trabalho e uma vida mais digna? Se recorda das escolas que construiu especialmente para essas crianças, que teriam suas vidas totalmente desprezadas pela sociedade? “. “Eu… Eu havia deixado isso de lado… Sim, eu fiz essas coisas também!” Nesse momento me emocionei.

“Minha amiga querida, a culpa adoece a alma. A vida na terra não é feita para viver a perfeição e sim para experienciar o positivo e o negativo. A densidade nos traz preciosos aprendizados. Não se julgue. Ninguém à julga aqui, somente você mesma.”

Após uma breve pausa, senti aquelas palavras ecoarem dentro de mim, me fazendo enxergar tudo de uma forma nunca imaginada antes.

“Deixe espaço somente para o amor que existe em você.” Após esse pedido, fechei os olhos e senti uma energia sair de dentro de mim. Quando abri os olhos, vi que meu peito se iluminava e senti como se estivesse expandindo. Era o amor sendo finalmente libertado de dentro de mim. Que sensação mais maravilhosa e difícil de descrever ao mesmo tempo… Não consigo encontrar as palavras certas para o que senti (se é que essas palavras existem).

Chorei com muita emoção. Um choro amoroso, aliviado e contente. Eu realmente era feita de todo aquele amor.

Meu mentor, emocionado com o que presenciava, após alguns momentos, disse: “Todo esse amor será levado nas suas próximas vivências na terra e eu vejo muita beleza nessa caminhada”

(Emocionada aqui enquanto relembro dessas palavras…)

Essa foram as últimas palavras e cenas relembradas durante a regressão.  Acredito que essa vida deve ter acontecido antes da vinda de Jesus Cristo, porque a sensação é de milhares de anos atras. Foi sem dúvidas uma das mais marcantes que tive e a que me fez entender sobre a manifestação do amor. Após esta, tive outras vidas até chegar à que estou vivendo agora.

A jornada é mesmo emocionante e bela.

Gratidão infinita pelas palavras que me marcaram para sempre e que me trouxeram para onde estou hoje, meu querido mentor e amigo dos lindos olhos azuis.

[ Fim ]

Psicoterapia reencarnacionista, guiada por Jefferson Orlando do @soldoeverest

 

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